sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Alagoas comemora 194 anos de emancipação política

Será que essa "liberdade" também foi estendida aos milhares de alagoanos que sofrem com a falta de educação, saúde e segurança?
Por Abidias Martins

Nesta sexta-feira (16), Alagoas está comemorando 194 anos de emancipação política. Mais de 1.000 estudantes de todo o estado participarão de um desfile cívico que começará apartir das 15h na avenida da paz (em frente ao Clube Fênix Alagoana), e seguirá até o memorial à República em Jaraguá. Dezesseis bandas de fanfarra e a banda da Polícia Militar animarão o desfile pela avenida. A segurança será garantida pela Polícia Militar que contará com um efetivo de 200 policiais.
  

A escola Estadual Professora Maria Margarida Silva Pugliesi de São Luiz do Quitunde estará participando do evento, juntamente com as seguintes escolas estaduais: Tiradentes, Edson Bernardes, Rubens Canuto, Geraldo Melo, Aurelina Palmeira e Benedita de Castro ( todas de Maceió); Comendador José da Silva Peixoto (Penedo), Belarmino Vieira Barros (Minador do Negrão), Nossa Senhora da Apresentação (Porto Calvo), Humberto Mendes (Palmeira dos Índios) e Julieta Ramos (Paripueira).


O evento estará homenageando as mulheres alagoanas, dezessete ao total, são elas: Joana Santos da Silva, marisqueira de Maceió; Nair da Bertina, criadora e brincante do folguedo Taieira; Djanira Santos Silva, professora; Maria Ivone Loureiro, professora; Isabel Torres de Oliveira, professora; Marta Vieira da Silva, jogadora de futebol; Irinéia Rosa Nunes da Silva, artesã do Muquem; Maria Carmelita de Melo Machado, professora; Lúcia Regueira Lucena, professora; Maria Margarida Pugliesi, professora; Cacilda Damasceno Freitas, tabeliã e escrivã; Iete Melo Mathias, professora; Percina de Assis dos Santos, boleira; Hilda Maria da Silva, mestra de folguedo; Cleonice Barros de Lima, professora; Marinaide Lima de Queiroz Freitas, professora; e Marcionila Verçosa do Rêgo, professora.


Além disso, os alunos irão destacar a  presença feminina no mercado de trabalho em profissões como escritora, professora, cabeleireira, jurista, artesã, política, motorista, arquiteta, costureira e jornalista .

A realidade social dos alagoanos.

A comemoração da emancipação política de Alagoas é um fato que precisa ser avaliado do ponto de vista social. Será que essa "liberdade" também foi estendida aos milhares de alagoanos que sofrem com a falta de educação, saúde e segurança? 

Os alunos de todo o Estado, que vão desfilar hoje na avenida, são os mesmos que enfrentam, todos os dias a terrível realidade da precariedade das escolas do nosso Estado. Falta de estrutura, falta de professores, falta de planejamento... em fim, falta de tudo. São Luiz do Quitunde é um exemplo desse descaso, os alunos são os mais prejudicados, visto que os mesmos não recebem uma formação que lhes possibilite a passagem para o nível superior. 

Dessa forma, sem estímulo, muitos acabam caindo na marginalidade. Falta muito para que possamos de fato comemorar a emancipação política de Alagoas, já que os alagoanos são vítimas de um sistema político que visa apenas os seus interesses.


Para quem ama Alagoas e Maceió indico o seguinte texto: 
http://canalmeida.wordpress.com/2011/09/16/amor-pela-terrinha-alagoas-194-anos/#comment-182

Leia mais sobre a emancipação política de Alagoas: 

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